Quinta
A localização da Quinta da Saudade é considerada por muitos um dos melhores terroirs da região.
Muxagata
Vila Nova de Foz Côa, Douro, Portugal
Muxagata (Vila Nova de Foz Côa) é caracterizada por solos ricos em calcário (Ph superior a 7,0) e está inserida na maior região de produção de montanha do mundo – a Região do Douro.
Apesar da Quinta da Saudade só ter sido adquirida pelo grupo em 2008, os primeiros vinhos foram feitos pelo Carloto Magalhães em 2007, exclusivamente com uvas da Quinta. Na vindima de 2008 os vinhos adquiriram a marca Palato do Côa.
A Quinta da Saudade, composta por vinhas com todas as exposições solares, tem a forma de um vulcão, no centro do qual foi construída a adega em 2012. A Quinta está inserida na área do Parque Arqueológico do Vale do Côa (Património da Unesco e Património da Humanidade).
Viticultura
17 hectares de vinha. 7 hectares de vinhas velhas (+ de 50 anos), veios calcários muito visíveis e 10 hectares de vinhas mais novas.
As vinhas situam-se entre o Vale do Fojo (“fojo” é uma construção de pedra feita pelos antigos pastores, constituída por dois muros paralelos que afunilam num buraco onde caíam as raças predadores (ursos, lobos, etc.)) e o Vale do Caleiro (veias de calcário donde se fazia extração de cal).
A produção de uva é ambientalmente sustentável. As vinhas são cuidadas com recurso a técnicas culturais tradicionais, como a escava, a amontoa e o uso das vinhas como pasto de ovelhas durante o período de repouso.
Foi feito o enrelvamento da vinha, com trevos, que dominam e servem de estrutura para a fauna natural; estabilização ao nível da fertilização (não havendo necessidade de adubar) e controlo das infestantes.
Tratam-se as vinhas pelo nome e os vinhos são feitos exclusivamente com uvas próprias.
Enologia
Apesar dos sócios do Carloto não serem enólogos como ele, são os apreciadores de vinho mais exigentes que conhece, colocando um desafio e grau de exigência enormes, à viticultura e à enologia do Palato do Côa.
Os vinhos são criados minuciosamente e passam por várias fases de prova, antes de se chegar ao lote final.
Os enólogos Carloto e Paulo preparam os seus lotes separadamente e cada um prova os vários lotes, às cegas.
Para cada lote, juntam-se os sócios e as suas famílias e avaliam-se as opiniões de todos. A opinião das mulheres é crucial, e na maioria das vezes decisiva, na constituição do lote final de cada vinho.
Esta técnica de avaliação veio a revelar-se comercialmente determinante para o sucesso dos vinhos, pois é um pré-teste ao consumidor final, que, neste caso, é um consumidor seriamente exigente. Os sócios do Palato do Côa e as suas famílias acabam por ser um barómetro do mercado e uma confirmação do lote a escolher.
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